Como que suspenso entre a consciência e a inconsciência, entre a realidade Antonio Tabucchi e o sonho, um homem encontra-se ao meio-dia em ponto, sem perceber porquê, numa Lisboa deserta e tórrida de um domingo de Julho. Sabe vagamente que tem umas tarefas a cumprir – uma última, sobretudo: encontrar-se com um ilustre poeta desaparecido que, como todos os fantasmas, talvez apareça só à meia-noite. Entrega-se ao fluxo do acaso, segundo a lógica das livres associações do inconsciente, e dá consigo a cumprir um percurso que o leva a reviver.